Resultado da consulta retomada COLUBHE
Caras(os) sócias(os),
Divulgamos, o resultado da consulta pública mobilizada pelo GT 02 da ANPED, SBHE e ASPHE referente ao retorno do COLUBHE.
O resultado da consulta evidencia um apoio expressivo à retomada do Congresso, com aproximadamente 89,6% dos participantes favoráveis à sua realização, o que demonstra o reconhecimento da relevância do COLUBHE no fortalecimento da área de História da Educação, tanto em âmbito nacional quanto internacional.
A consolidação do resultado da consulta segue em forma de parecer anexo, cujo conteúdo também está disponível no corpo deste e-mail.
Atenciosamente,
Coordenação do GT 02 – História da Educação da ANPED
Profa. Dra. Alessandra Cristina Furtado (UFGD)
Prof. Dr. José Edimar de Souza (UCS)
PARECER SOBRE A CONSULTA AOS SÓCIOS DAS ASSOCIAÇÕES DE PESQUISADORES EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ACERCA DA RETOMADA DO CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO (COLUBHE)
Considerando a consulta realizada entre os sócios das principais associações de pesquisadores em História da Educação no Brasil — a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), a Sociedade Brasileira de História da Educação (SBHE) e a Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação (ASPHE) — sobre a possível retomada do Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação (COLUBHE), apresentamos o seguinte parecer.
A consulta reuniu a participação de 134 votantes. Dos respondentes:
• 120 manifestaram-se favoráveis à retomada do COLUBHE;
• 14 manifestaram-se contrários.
Quanto à vinculação institucional dos votantes:
• 42 são associados simultaneamente à Anped e à SBHE;
• 65 são exclusivamente sócios da SBHE;
• 7 possuem vínculo com as três entidades (Anped, SBHE e ASPHE);
• 8 são sócios apenas da ASPHE;
• 12 são vinculados apenas à Anped.
O resultado da consulta evidencia um apoio expressivo à retomada do Congresso, com aproximadamente 89,6% dos participantes favoráveis à sua realização, o que demonstra o reconhecimento da relevância do COLUBHE no fortalecimento da área de História da Educação, tanto em âmbito nacional quanto internacional.
As justificativas apresentadas podem ser agrupadas em três grandes eixos principais:
1. Argumentos favoráveis
a) Fortalecimento de redes acadêmicas e de pesquisa
Muitos respondentes destacam o papel histórico e estratégico do COLUBHE no fortalecimento de laços acadêmicos entre Brasil e Portugal. Destacam que o evento promove intercâmbio científico, parcerias em projetos de pesquisa e publicações conjuntas, sendo uma oportunidade importante para a formação de redes internacionais.
b) Importância para a internacionalização da área
O evento é apontado como um vetor importante para a internacionalização das pesquisas em História da Educação em língua portuguesa, especialmente agora que o português foi reconhecido como língua oficial no ISCHE.
c) Necessidade de espaços de diálogo e de fortalecimento acadêmico
Em meio a ataques recentes à ciência e à educação, vários participantes consideram fundamental manter e ampliar espaços de diálogo, fortalecimento de categorias e defesa da área.
d) Reconhecimento do valor histórico e afetivo do evento
Algumas respostas evidenciam a tradição do evento e seu impacto positivo nas trajetórias pessoais e profissionais dos participantes.
2. Argumentos cautelosos
a) Assimetrias e desigualdades na participação
Alguns respondentes apontam preocupações sobre as assimetrias entre brasileiros e portugueses quanto a financiamento, organização e participação. Também consideram que o evento favorece mais a comunidade portuguesa, gerando um desequilíbrio.
b) Saturação do calendário acadêmico
A sobreposição de eventos nacionais e internacionais (CBHE, CIHELA, ISCHE, ASPHE) é vista como um problema prático, limitando a possibilidade de participação ampla devido à falta de tempo e recursos financeiros.
c) Número reduzido de participantes portugueses
Alguns comentários criticam a baixa participação portuguesa nos eventos realizados no Brasil, o que enfraqueceria o caráter verdadeiramente “luso-brasileiro” do encontro.
3. Propostas e sugestões
Além das posições favoráveis ou contrárias, surgem sugestões construtivas para
a reformulação do COLUBHE:
• Realizar o evento em formato híbrido, como a ISCHE faz, para ampliar o acesso.
• Espaçar mais as edições (por exemplo, realização trienal), para não sobrecarregar os pesquisadores.
• Associar o evento a outras iniciativas, como pesquisas em arquivos portugueses no período de férias (junho/julho).
• Evitar coincidência de datas com outros grandes congressos.
• Ampliar a internacionalização, envolvendo outros países de língua portuguesa além de Brasil e Portugal.
A maioria dos depoimentos é favorável à retomada do COLUBHE, valorizando-o como espaço de intercâmbio acadêmico, fortalecimento da História da Educação e consolidação da língua portuguesa no cenário internacional.
Atenciosamente,
Profa. Dra. Alessandra Cristina Furtado (UFGD)
Prof. Dr. José Edimar de Souza (UCS)
Coordenação do GT 02 – História da Educação da ANPED
Profa. Dra. Terciane Ângela Luchese (UCS)
Presidenta da SBHE
Prof. Dr. Fernando Ripe (UFPel)
Presidente da ASPHE